Regressão de Memória ganha corpo (Matéria)

Técnica terapêutica que trabalha diretamente com o inconsciente das pessoas conquista adeptos

Matéria com a participação de Dr. Idalino Almeida, Psicanalista e Terapeuta de Regressão, publicada no Jornal da Cidade, de Aracaju-SE, em 18 de maio de 1998

A terapia é recente em Sergipe, mas já conquistou muitos adeptos que vêm utilizando o processo para tratar de questões de ordem psicológica e até físicas. A regressão de memória, uma técnica terapêutica que trabalha diretamente com o inconsciente das pessoas, foi implantada no Estado pela Clínica de Terapias Holísticas Iris, que vem desenvolvendo diversos trabalhos, incluindo cursos e palestras, visando popularizar o tratamento, através de informações sobre o que é regressão e sua importância dentro do contexto psicanalítico.

Com base nesse projeto de popularização, trouxe a Aracaju o Psicanalista e Psicoterapeuta de Regressão há 25 anos, Idalino Almeida, que ontem proferiu palestra sobre “Mitos e verdades sobre a Regressão de Memória e a Vivências Passadas”.

Dentro desse tema, o profissional abordou diversos assuntos, esclarecendo, principalmente, as inúmeras dúvidas ainda existentes em torno desse processo psicoterapêutico. De acordo com o Psicanalista, muita gente tem vontade de fazer o tratamento, mas agarra-se a justificativas sem fundamento, como o medo de não conseguir voltar da vivência passada. “Isso não existe, até porque ninguém vai a lugar algum quando faz a regressão. O processo resume-se em reviver situações reprimidas e angustiantes originados no passado, para entender os traumas do presente. A pessoa fica apenas em estado alterado de consciência, ou seja, um sono terapêutico, permanecendo totalmente consciente e não um sono fisiológico, em que se perde a consciência. “Nesse momento, o hemisfério esquerdo do cérebro, responsável pela razão e pela lógica, sai de cena e o hemisfério direito, que trabalha com emoção e sentimento, assume”, explica Idalino Almeida. A sessão terapêutica de regressão dura uma média de 1h a 1h20. Quem já passou pela experiência e gostou garante que vale a pena. É o caso da contadora Maria das Graças Ventura de Carvalho. “Em duas das experiências em que pude reviver o passado, me vi como um homem preso em algum lugar. Eu lutava o tempo todo para me libertar dessa prisão. No outro dia, senti fortes dores no corpo. É como se a gente estivesse mesmo naquele local resgatado pela memória”, relata a contadora ao enfatizar que a pessoa que passa pela regressão sente todas as sensações vivenciadas. “Hoje consigo trabalhar bem melhor meus traumas”, garante Maria das Graças.

De acordo com a terapeuta, Leila de Santana, proprietária da Clínica Holística, o tratamento de Regressão ainda está em processo de popularização. “Muita gente tem vontade de passar pela experiência, mas, por falta de informação, acaba desistindo da ideia. Estamos desenvolvendo um trabalho de esclarecimento justamente para eliminar certos conceitos irreais sobre esse processo”, enfatiza ele, ao acrescentar que a Regressão é indicada para todas as pessoas que, de alguma forma, acreditam nesse tipo de terapia e que, inclusive, já procurou, sem sucesso, outros métodos, até mesmo a própria alopatia (medicina tradicional), para resolver os problemas de cunho psicossomáticos.

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