Artigo de Dr. Idalino Almeida, Psicanalista e Terapeuta de Regressão
Hoje, mais do que nunca, muitas pessoas recorrem à Terapia Regressiva. De todas, umas 40% são por curiosidade e para fazer o teste de “São Tomé” (ver para crer); 20% querem saber quem foram no passado; outros 20% vão acreditando que o terapeuta possui uma varinha mágica e que, em uma única sessão, vai resolver todos os seus problemas. Por fim, os últimos 20% vão conscientes de terem escolhido essa forma de terapia.
Devemos lembrar que a Terapia Regressiva é uma terapia específica, que trabalha direto com o subsconsciente, explorando os arquivos da memória. Seu sucesso depende, em grande parte, do cliente (digamos, algo como 70%). Alguns entram no processo regressivo na segunda ou terceira sessão. Outros demoram até 4 ou 5 sessões. O que diferencia uma pessoa da outra?
1ª Hipótese: o São Tomé, que fica em defesa o tempo todo, atento a todos os comandos do terapeuta, analisando suas reações físicas e psicológicas, ativando a percepção e dificultando o processo.
2ª Hipótese: aqueles que querem saber sobre o passado, que se entregam ao processo com menos resistência que os São Tomé e que, de alguma forma, facilitam o processo, pois não deixa de haver um objetivo.
3ª Hipótese: os que acreditam que regressão é igual a uma varinha mágica e que não põem tanta resistência, mas que, em geral, se frustram quando descobrem que é necessário trabalhar algumas sessões sequenciadas.
4ª Hipótese: os que sabem o que querem e que terão sucesso absoluto com rapidez.
Nas três primeiras hipóteses, cabe ao terapeuta, na 1ª sessão, logo após a entrevista e a anamnese, perder um pouco mais de tempo explicando o processo, pois é muito importante a conscientização do cliente sobre o que é regressão, o que acontece durante a regressão, suas fases etc. Isso faz com que a pessoa aceite o processo ou desista, o que pode ser melhor para ambos, mesmo levando-se em consideração que, independente de explicação, todos são capazes de fazer regressão, exceto os que têm retardo mental, os psicóticos (por viverem muito suas realidades internas), os que sofrem com o Mal de Alzheimer e os bêbados, que não conseguem se concentrar nos comandos do terapeuta.
Portanto, é necessário que se tenha, ao se decidir por uma terapia regressiva:
– um objetivo específico e terapêutico, como um problema de relacionamento, um conflito que se queira solucionar etc.
– uma doença para cuja cura já tenham sido tentados vários tipos de tratamento, sem sucesso, sendo a regressão mais eficaz nesse caso.
– deixar de lado a relação com o que está acontecendo, pois ela deixa ativada a percepção, o medo e todos os mecanismos de defesa.
No método da regressão tradicional, o processo se desenvolve em 3 estágios básicos:
– relaxamento físico e mental.
– estimulação da memória, através da fantasia dirigida e da visualização.
– relaxamento físico e mental.
– a regressão em si, que é o momento em que o subconsciente torna-se consciente, assumindo toda a estrutura psicológica e respondendo a todos os comandos do terapeuta, inclusive projetando as emoções da origem do conflito no corpo físico.